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sábado, 17 de dezembro de 2016

RESENHA: A HERDEIRA - KIERA CASS #4 Série A Seleção



Sinopse: Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, a filha mais velha do casal. Criada para ser uma líder forte e independente, ela nunca quis viver um conto de fadas como o de seus pais. Por isso, antes de conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, a jovem está totalmente descrente.
Mas, assim que a competição começa a situação muda de figura, e Eadlyn percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto imaginava.


Vinte anos após o final de A Escolha (resenha aqui), terceiro livro da série que encerra o romance de Maxon e America, nós nos deparamos com a primogênita do casal, a princesa Eadlyn. 



Ead, para os mais íntimos, foi criada com todas as mordomias de uma princesa e educada para um dia ser a rainha de Illéa. Tais responsabilidades influenciaram fortemente em sua personalidade - forte, determinada e independente. A rainha perfeita. Inicialmente, esse ponto em questão é um dos dilemas do livro: a princesa metida que não liga para os outros, mas a garota que precisa se tornar mulher. Dá para imaginar o quão difícil era para a nossa protagonista?
Como se não bastasse, a situação política do pais começou a ficar um caos após vinte anos de mudanças realizadas pela monarquia. Quando Maxon se tornou rei, ele e America propuseram diversas mudanças no regime que beneficiaram todos os cidadãos, principalmente, os plebeus. Entretanto, mesmo após diversos anos tentando se acostumarem, algumas pessoas não conseguiram se adaptar ao novo estilo de vida - propiciando um ambiente de preconceito e até segregação social - e se organizaram em grupos dispostos a retaliarem a família real. Estes grupos, durante o livro, são relatados como ameaças ao bem-estar da sociedade, e por isso, o rei e a rainha tentam solucionar estes problemas com várias alternativas até que decidem realizar uma nova Seleção e, pela primeira vez na história do país, com uma garota: a futura rainha de Illéa: Eadlyn.

É a partir deste ponto que o livro começa a direcionar para onde vai: a problemática situação do país, a emoção causada em todos os membros da família devido a Seleção (não somente na protagonista) e, claro, nos sentimentos da mesma durante o período do concurso. Daí notamos as peculiaridades da garota em meio aquilo tudo: ser forte e independente para o povo crer que ela seria uma ótima rainha, mas não ser totalmente independente porque para o povo, uma mulher assim não precisaria de um marido e ela com certeza precisava de um. Isso é, digamos, o maior dilema da protagonista, pois ela não vê problema em ser rainha e não ter um rei: ser fria a ponto de poder comandar um país mas nem tanto para poder amar seu marido.
Uma coisa bem legal de se ler é a relação de Ead com seus irmãos: seu gêmeo Ahren, o do meio Kaden e o mais novo, Osten.
É interessante ver como Eadlyn amadurece durante a Seleção e deixa só um pouco de ser aquela princesa mimada que só se importa consigo mesma. Ela percebe, conforme convive com os trinta e cinco pretendentes, que as pessoas do lado de fora do castelo realmente são pessoas e não somente seus súditos. E aos poucos ela se parece mais como uma garota comum, mas não menos especial do que é, e se descobre em cada um dos garotos que conhece com o tempo.
Se no começo da leitura era difícil tolerar o jeito irritante da Eadlyn, #saudadesAmerica na metade para o final você começa finalmente a torcer por ela.
Sobre os selecionados, não tenho meu favorito ainda (mentira, tenho sim mas quero ver no que dá) porque pelo menos uns quatro garotos têm chances com ela, então não dá para dizer muita coisa. Dois demonstram ser a aposta para o triângulo amoroso da história, e pelo visto, que irá ser melhor trabalhada no próximo livro.

Agora vamos falar de uma das coisas maaaaaaaais legais sobre esse quarto volume: America Singer, agora Rainha America Schreave e Rei Maxon Schreave.
Além de tudo isso, nós sentimos saudades dos antigos livros porque você realmente sente que muitos anos se passaram ao vermos uma America madura e amada pelo povo e um Maxon cansado de ser rei; e também, os outros personagens da série que já conhecemos mas agora pelo ponto de vista da relação de Ead com eles, como Aspen (agora tratado apenas como Soldado Leger), Madame Lucy e Madame Marlee, e os seus parentes, como a Tia May. Eles, como pais e reis, aconselham a protagonista sobre como agir e em diversas vezes contam para ela algumas situações que passaram quando estavam se conhecendo. Nos sentimos saudosos com tais relatos e acabamos lembrando dos personagens que se referem, embora não citem seus nomes, algumas vezes.
Eadlyn é tão diferente da mãe que faz com que o livro não seja tão romântico quanto a gente esperava que fosse, justamente porque ela não quer escolher ninguém como marido.

A autora, Kiera Cass, manteve o mesmo tom leve dos outros livros e não surpreende. É como se você não precisasse ter lido os três livros anteriores porque A Herdeira inicia uma nova história dentro do universo que já conhecemos, então isso faz com que tenhamos uma sensação de descoberta que ao final, encaminha para o próximo livro. Particularmente, eu gostei do livro mas achei que demorei para entrar no ritmo, sabe? A Escolha continua sendo meu livro preferido da série.


Melhores quotes do livro:

"Só tenho um coração e quero pupá-lo para a pessoa certa."

"Há coisas sobre nós mesmos que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade."

"Não sei ao certo se acredito em destino, mas posso dizer que, às vezes, aquilo que você mais deseja vai cruzar sua porta determinado a te evitar a qualquer custo. E ainda assim, de algum jeito, você descobre que é suficiente para fazê-lo ficar."

"Não sei se alguém sabe o que procura até encontrar."


Aqui está o book trailer do livro, confira:





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